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Autor: Nelson S. Lima (clique na imagem)

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Os nossos filhos, hoje!

Escreveu o pedagogo Augusto Cury que, dentro de cada criança e cada jovem, há um mundo a ser descoberto que, na maioria dos casos, continua encerrado.

Os pais, regra geral, são pessoas zelosas e preocupadas com o futuro dos filhos. Sonham grandes sonhos para eles e mimam-nos com os melhores brinquedos, consolas, computadores, roupas, actividades de lazer e escolas.

A intenção é boa. Os nossos filhos não se podem queixar de que lhes falta material para usufruirem de um estilo de vida moderno pois seguem a moda, têm liberdade de movimentos e o entretenimento é diversificado. Porém, o que ganharam em troca? Diversão? Qualidade de vida? Estatuto? Sim, é verdade. Vivem num mundo muito mais interessante do que em épocas passadas. Mas foram ficando alguns espaços vazios que um estilo de vida demasiado urbano e tecnológico tem vindo a alargar.

"Os pais não compreenderam que a TV, os brinquedos manufacturados, a internet e o excesso de actividades obstruem a infância de seus filhos" - alerta o pedagogo, autor de Pais Brilhantes, Professores Fascinantes.

A situação pode piorar com o tempo. As crianças estão a ficar dependentes de um estilo de vida materialista e racional. Isso conduz à solidão, um dos grandes males do nosso tempo.

"As crianças e os jovens aprendem a lidar com factos lógicos, mas não sabem (de uma maneira geral) lidar com fracassos e falhas. Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver os seus conflitos emocionais. São ensinados para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é cheia de contradições, as questões emocionais não podem ser calculadas, nem têm conta exacta" - escreve Augusto Cury.

O problema é que estamos a treinar as crianças e os jovens apenas para o sucesso. Tornámo-nos máquinas de trabalhar e estamos transformando as nossas crianças em máquinas de aprender. Mas, e a pensar? E se conhecerem melhor? E a gerir as suas emoções?

Recordemos algumas dicas do famoso pedagogo:
1. Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão seu próprio ser.
2. Bons pais nutrem o corpo, pais brilhantes nutrem a personalidade.
3. Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar.
4. Bons pais preparam os filhos para os aplausos, pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos.
5. Bons pais conversam, pais brilhantes dialogam como amigos.
6. Bons pais informam, pais brilhantes contam histórias.
7. Bons pais dão oportunidades, pais brilhantes nunca desistem.

Objectivamente, os pais modernos devem preocupar-se em incutir nos filhos valores como a capacidade de reflectir, a segurança, a coragem, a superação dos medos, a fidelidade, a honestidade, a capacidade de perguntar, a responsabilidade social, a auto-motivação, a paciência, a habilidade para criar e aproveitar oportunidades, a criatividade, a perspicácia, o optimismo o apreço pela vida e a esperança.

São cada vez mais os pais que procuram ajuda psicológica para os filhos, sobretudo na adolescência. Os jovens vivem cada vez mais para a auto-imagem, o mundo exterior e estão a ficar dependentes de certos estilos de vida e comportamentos que lhes permitam sentir-se integrados nos grupo e sobretudo no ambiente humano da escola. Alguns conseguem adaptar-se sem perder a sua independência de julgar e de pensar por si mesmos; muitos outros, porém, ficam reféns de hábitos, vícios e preocupações supérfulas. Isto tem vindo a gerar o aparecimento de depressões e sentimentos de impotência e incapacidade em muitos jovens.

Nelson S Lima