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Autor: Nelson S. Lima (clique na imagem)

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Como educar crianças independentes e responsáveis


É possível educar crianças autodeterminadas, desenvolvendo e estimulando atitudes simples e quotidianas de atenção e observação internas. São sete estratégias para desenvolver tais qualidades:

1.Criar um ambiente familiar favorável às decisões independentes.
2.Ensinar às crianças como desenvolver um diálogo interno produtivo e evitar a auto-ilusão e racionalizações.
3.Treiná-las a pensar nos outros.
4 Ensiná-las a desenvolver e a confiar em sua intuição.
5.Utilizar estratégias de aconselhamento que encorajem a autodeterminação.
6.Ajudar as crianças a desenvolver habilidades de auto-recuperação após derrotas, de modo que permaneçam autodeterminadas.
7.Ensiná-las a lidar com diferentes influências externas de modo autodeterminado.

As ameaças e as dificuldades enfrentadas pelas crianças na sociedade contemporânea derivam de uma única fonte: estamos a criar os nossos filhos para se orientarem pelo mundo externo, e não pelo interno.

Estamos ensinando-os a fazer opções na vida para obterem aprovação e aceitação dos outros. Com isso, os nossos filhos renunciam ao único dom que eleva seres humanos acima de todos as outras criaturas vivas – a capacidade de raciocinar por si mesmos.

Imagine, por um momento, como seria o mundo se todas as crianças fossem auto-orientadas: teríamos pessoas com capacidade de avaliar os seus pontos fortes particulares, traduzi-los em papéis significativos e contribuir para a vida de suas comunidades.

UMA OUTRA QUESTÃO

Por que é que algumas crianças que nasceram e viveram em bairros muito pobres tornam-se adultos produtivos, homens e mulheres de bem? É claro que a resposta é bastante complexa. Mas será que não passa pela autodeterminação dessas pessoas, que não se deixaram contaminar pelos outros (comportamentos, hábitos errados, etc.), caminho seguido por muitos por ser o mais fácil? Quer dizer que alguém lhes ensinou princípios e valores, enquanto que as outras não tiveram a mesma sorte.

Compare isso com um mundo orientado para o exterior, em que as pessoas se viram do avesso para conseguir as melhores posições, pisando os outros e ignorando os próprios princípios morais ao longo do caminho. Imagine que está ao seu alcance, como pai ou educador, decidir qual desses caminhos a humanidade vai trilhar!

É claro que não é nada fácil, mas conheça algumas ferramentas que vão lhe ajudar nesse desafio:

•  Você - pai ou mãe - precisa de ser um modelo de comportamento. Não faz sentido longos sermões sobre os perigos das drogas enquanto você fuma, por exemplo Lembre-se: as coisas têm de fazer sentido e ser significativas para que o diálogo interior das crianças seja claro, eficiente e viável.

•  Você pode ensinar os seus filhos a resolver os conflitos delas com os outros pacificamente. Precisam de aprender que a violência nunca é uma solução aceitável para um problema!

•  Preste sempre atenção nos sites que as crianças visitam na Internet. Se tiver de vigiá-los, vigie-os agora!

•  Tente não sobrecarregar a agenda de seu filho para que não se torne um “mini-stressado”. Esteja à disposição deles para interagir, para criar um vínculo profundo entre vocês.

•  Ensine valores de verdade aos seus filhos. Que eles se sintam amados pelo que são, e não pelo que têm. Eles devem entender que os bens materiais são um subproduto – e não a causa – da felicidade, e são coisas a serem divididas e desfrutadas com os outros.

•  Ensine aos seus filhos o real sentido do sexo: a expressão suprema do amor entre duas almas, e que o sexo é natural e belo. Não é uma forma de escapar ao tédio ou uma busca por prazer. Eduque seus filhos sobre as desvantagens e os perigos da irresponsabilidade sexual.

•  Ensine aos seus filhos que a verdadeira atracção não vem de um corpo e rostos perfeitos nem de uma roupa de marca famosa, mas da auto-expressão, da criatividade, da auto-aceitação e da capacidade de mostrar amor, afeição e intimidade.

Se conseguirmos criar os nossos filhos com uma atitude cooperativa, eles podem crescer e mudar a sociedade, fazendo com que ela deixe de ser um monte de adversários e passe a ser um monte de amigos. Pode parecer utópico, mas está nas nossas mãos!

Nelson S. Lima