A maioria do trabalho remunerado no mundo capitalista é obtido nas empresas. Elas constituem a principal fonte de rendimento de muitos milhares de milhões de pessoas. As empresas - públicas ou privadas - vivem actualmente num agitado período de revolução.
Quem estiver a par dessa realidade, verificará que o mundo do trabalho está, por consequência, em evolução. Muito rápida, aliás.
As empresas têm de ser muito mais rápidas a decidir, a inovar, a adaptar-se a novos concorrentes, a novas formas de comunicação, a consumidores mais informados e exigentes, a restrições mais severas (nomeadamente ao nível ambiental), etc.
Por tudo isto, o famoso consultor empresarial Tom Peters descreve o nosso tempo como a "Era Perturbadora" onde muitas das nossas ideias, crenças, práticas e atitudes perante o trabalho estão a necessitar de uma revisão urgente!
REinventar a Educação! URGENTÍSSIMO!
O que se está a passar na vanguarda do mundo está a exigir que a educação seja profundamente alterada. Não com reformas, mas com uma autêntica revolução. É o sector mais atrasado da sociedade. É aquele que tem mais dificuldade em evoluir.
Voltando a Tom Peters. Escreve ele "Eu imagino (aspiro) a um sistema de ensino que reconhece que aprender é natural, que o amor pela aprendizagem é normal e que a verdadeira aprendizagem é apaixonada". Um curriculo escolar que valoriza as perguntas mais do que as respostas...a criatividade acima da regurgitação de factos...a individualidade acima da uniformidade...e a excelência acima do desempenho padronizado".
"Ora, diz ele, o sistema escolar é uma CONSPIRAÇÃO mal disfarçada para eliminar a criatividade". Mais: O SISTEMA DE EDUCAÇÃO É UMA ORGANIZAÇÃO DE SEGUNDA CATEGORIA, ESTILO FÁBRICA, A DEITAR CÁ PARA FORA INFORMAÇÃO OBSOLETA DE FORMA OBSOLETA!
Também Jimmy Breslin, colunista da Newsday, no seu estilo aberto e arrojado, vai mais longe e confessa: "Quando passo por uma CADEIA ou ESCOLA tenho pena das pessoas que estão lá dentro!".
O sistema também enferma de programas obsoletos. Já anos antes o genial Alvin Toffler escrevera que "as escolas não estão conectadas ao futuro dos miúdos por quem são responsáveis". Metade daquilo que as crianças de hoje andam a aprender no 1º ciclo da escolaridade vai ser facilmente executado por robots quando elas forem adultas.
Mas pior ainda é que, de acordo com a opinião de Frank Smith, líder do pensamento educacional e autor do belo livro Insult to Intelligence, "a bomba-relógio em todas as salas de aulas é que os estudantes aprendem exactamente o que lhes é ensinado. DESENCORAJA um grande número de seres humanos de explorarem as coisas de que eles possam realmente gostar" e de que a sociedade do futuro (para onde eles caminham) vai exigir!
Nelson S. Lima
Nelson S. Lima