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Autor: Nelson S. Lima (clique na imagem)

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Como tornar os nossos filhos mais espertos!

Este é um tema que tem merecido numerosos livros. E, conforme os autores, há, obviamente, sugestões e pistas diferentes. Algumas são muito interessantes e úteis, outras menos.

Uma vez por outra, descobrimos autores que nos surpreendem com as suas ideias. É o caso de Shakuntala Devi, um prodígio de Matemática nascido em Bangalore, na Índia. Não consta que tenha algum curso académico relevante mas a verdade é que é reconhecido como um prodígio em Cálculo, estando o seu nome registado no livro dos recordes - o famoso Guinness Book.

Pois Devi, que passou a vida a demonstrar as suas habilidades mentais na Europa e nos Estados Unidos, escreveu também um livrinho sobre como despertar a inteligência das crianças (no original: "Awaken the Genius in Your Child").

Ali, ele defende que todas as crianças nascem com um grande potencial cognitivo mas que a educação formal pouco mais desperta e aproveita do que uma parte. Diz o autor que "na maioria das pessoas, esse potencial não foi cultivado, estimulado ou usado na época em que era mais maleável, ou seja, na infância".

Pois o cérebro das crianças vem dotado de numerosas capacidades, nomeadamente auma mente muito criativa. Mas a uma educação muito formal, restricta, conservadora e que impeça as crianças de despertarem todo o potencial existente acabará por torná-las muito limitadas.

Assim, Devi diz que o desenvolvimento da genialidade dos nossos filhos começa em nós e que há três factores em jogo:
1º Acreditarmos que podemos despertar essa genialidade;
2º Acreditarmos que eles têm capacidade para serem melhores; e,
3º Nunca acharmos que eles são medíocres.

Por onde começar?
Quatro condições são obrigatórias:
1º Temos de proporcionar condições para que os nossos filhos tirem partido de todo o seu potencial.
2º O acto de aprender deve ser, para eles, uma experiência agradável; assim, devemos orientá-los em vez de darmos ordens.
3º Termos paciência mais do que expectativas.
4º Transmitirmos conhecimentos com amor (mas não com superprotecção, a qual pode ser prejudicial).

Devi considera a leitura como um dos principais instrumentos. Aliás, a ciência veio dar-lhe razão muito recentemente quando vários estudos demonstraram que a leitura em voz alta para as crianças - mesmo as mais pequeninas - aguça-lhes a atenção, tranquiliza-as e ajuda-as a expandir a imaginação e ao mesmo tempo a aprender.

Assim, este autor recomenda que:
1. Compremos livros infantis coloridos, visualmente ricos.
2. Dediquemos 15 minutos por dia para lermos histórias simples, em voz alta e com alguma teatralidade (para que a nossa leitura não se torne aborrecida).
3. Tornemos essas leituras num hábito e não apenas uma experiência de vez em quando.
4. Mostremos-lhes as figuras do livro e expliquemo-lhes o que querem dizer.
5. Ler-lhes histórias de coisas que eles já conhecem (animais, etc.) ou, na falta disso, mostrar-lhes na televisão ou em passeios coisas que nunca viram antes (um castelo, por exemplo).
6. Surpreendê-los todos os dias com novidades (novas histórias, conversas, figuras, etc.).
7. Fazermos jogos de palavras, brincando com elas. Os puzzles podem servir.
8. Cantar para eles, pôr música de fundo tranquila.
9. Entremos no jogo das perguntas. Espicaçar-lhes a curiosidade deles, responder-lhes às questões que levantam.

Voltarei a este tema e a este autor!
Nelson S. Lima 

Estamos a obrigar a infância a 
confrontar-se, sem recursos, 
com um mundo adulto que oscila 
entre o cartão de crédito 
e a brutalidade.
(alerta do famoso pedagogo espanhol José António Marina).