O "défice de atenção" é dificuldade em
"sustentar" a atenção e que tem vindo a aumentar, incluindo entre os
adultos. Mas há pessoas que sofrem de problemas mais graves como a
"hipoprosexia" (diminuição global da atenção) ou a "aprosexia"
(completa incapacidade de concentração) - patologias que são já do domínio médico.
A concentração é apenas um tipo de atenção. É um trabalho
que executamos utilizando uma zona frontal do cérebro e que exige tenacidade e
capacidade de sustentação. Para que sejamos capazes de usar a concentração
temos de socorrer-nos da capacidade de auto-controlo mental, também chamado
"domínio cognitivo".
O saber gerir a nossa atenção exige disciplina e uma boa
auto-consciência. Repare-se que existem diferentes dimensões e características
da atenção: por exemplo, em termos de amplitude, ela vai desde a "atenção
negligente" (pouco esforçada) até à "atenção fascinada" (uma
verdadeira hiperconcentração).
A atenção envolve os sentidos (os mais solicitados são a
visão e a audição) mas também os estados emocionais, a saúde do cérebro (e do
corpo em geral) e até a personalidade e o temperamento, passando pela motivação
e os contextos e circunstâncias em que a usamos.
O tão falado "défice de atenção" é uma das
perturbações desta capacidade mental. Mas há pessoas que sofrem de problemas
mais graves como a "hipoprosexia" (diminuição global da atenção) ou a
"aprosexia" (completa incapacidade de concentração) - patologias são
já do domínio médico.
No cérebro existem 2 grandes sistemas de atenção: um
localizado nas zonas mais profundas e antigas do cérebro (responsável pela
vigilância do que se passa no interior do nosso corpo e no meio exterior,
trabalhando mesmo quando estamos a dormir) e outro que se desenvolveu milhões
de anos mais tarde e que está na parte superior e frontal do cérebro (o chamado
"cérebro executivo" que nos permite a realização das operações
mentais mais complexas como o pensamento reflexivo e analítico). Ambos os
sistemas envolvem, por fim, o sistema límbico (onde se cruzam as emoções). Veja
a ilustração: